Todos os poemas destinados a
ela,
Pareciam sofridos, caídos,
com muletas.
Todas as madeiras que
alimentavam sua fogueira,
Pareciam gravetos, varetas.
Eram fantasias sem festa.
Apresentavam-se como a
fresta
Da porta que abre para o horizonte.
Falavam de força e empenho,
Das cicatrizes que hoje
tenho,
Das coisas que não se vê a
olho nu.
Então vesti minha roupa de
‘escrevedor’,
Que no bolso nunca falta uma
caneta,
Na face, sempre uma nova
careta,
Para enfrentar as feiuras de
cada dia,
Que por artimanha, covardia,
Tocam na sua mão,
Antes de uma nova rasteira.
Depois de tanto ser falada,
Arrumou as malas, foi
embora.
Decidiu esconder sua beleza.
Talvez a Dona Felicidade,
Tenha cansado dos boatos de
inimizade,
Dela, com sua vizinha Tristeza.
– Carlos I. Gomes.
Arrasou 😍 lindo poema, profundo como sempre.
ResponderExcluirvaleu, Kauane! <3
ExcluirComo eu sempre digo, não para nunca de escrever!
ResponderExcluir