terça-feira, 22 de março de 2016

Sobre conversas inesperadas


Percebo que quanto mais você firma seus objetivos, quanto mais você se encontra no que quer, mais aparecem coisas relacionadas à causa. Eu sou demasiado curioso; demasiado questionador; demasiado falador; demasiado! E quando encontro pessoas que são questionadoras, que não se contentam com o que se apresenta e, querem ir além, é incrível! Não digo que não convivo com pessoas assim, pois se dissesse, estaria mentindo.
Nesse texto eu venho falar das surpresas: seja vinda de pessoas que você conhece, mas não sabia que pensavam de tal forma, ou vinda de pessoas que você não imaginaria que existiam, mas como que por um truque do destino, você as conhece e devaneia por horas, ou até onde a linha do trem acaba. Como disse, sou um tagarela declarado. Por mais que a outra pessoa fale, eu sempre acho que falei mais (e estou certo na maioria das vezes). Ultimamente tenho tido conversas revigorantes. É realmente animador quando você tem uma boa surpresa. E para minha sorte, esta surpresa tem vindo em formato de palavras agrupadas em um contexto, emitidas por um interlocutor eloquente, que por não conseguir transmitir tudo através de fonemas, solta uma gargalhada.
Fica claro depois da terceira, ou mesmo da primeira conversa (para um bom observador), que adoro me expressar por meio de metáforas. Mas tem uma coisa que eu adoro mais do que me expressar por metáforas: não ter que explica-las depois. Chego ao meu ápice de alegria quando vejo que posso falar da maneira que gosto, e ser compreendido. Com essa sociedade do “expresso”, as pessoas perderam o ânimo por coisas mais complexas. Querem tudo da forma mais rápida possível. Às vezes por querer tão rápido, acabam nem terminando seus afazeres. Tendo isso em vista, é totalmente compreensivo que eu fique animado com boas conversas, que estão cada vez mais raras.
Por isso, Criança, eu vos digo: viva intensamente cada boa conversa. Quando não souber o que falar, solte uma piada. Provoque o riso e se deixe provocar por ele. Nos tempos de hoje, desperdiçar um bom proseado, como diria meu avô, é privar-se da alegria; trair a si mesmo!

– Carlos I. Gomes.

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